Capítulo 122, É um amor inexplicável.
– VISÃO DE HENRY
Quando o telefone toca, meu coração congela antes mesmo de atender. O nome do hospital brilha na tela como uma sentença. Não penso, não respiro, não raciocino. Apenas atendo.
E, em seguida, o mundo desaba.
A voz da enfermeira é rápida demais, séria demais, urgente demais.
“Sua noiva… a senhora Amber… está com dores fortes e sangramento. O médico pediu para avisar para vir imediatamente.”
Não escuto mais nada depois disso.
Só o barulho do meu próprio sangue pulando dentro dos meus ouvidos.
— Estou indo — é tudo o que consigo responder antes de correr.
As ruas parecem longas demais, o trânsito lento demais, a vida inteira fora de compasso. Cada segundo que passa me deixa mais desesperado. Minhas mãos tremem no volante, meu peito aperta como se estivesse sendo esmagado por dentro.
Amber.
Meu amor.
Nosso filho ou filha.
Quando finalmente estaciono em frente ao hospital, quase arranco a porta do carro. Entro correndo, empurrando as portas automáticas como se elas fossem c