Capítulo 101, A estrelinha da nossa vida.
(Visão de Eduardo)
Acordei naquela manhã com uma mistura de exaustão e expectativa que eu nunca tinha sentido antes. Cada músculo do meu corpo parecia cansado, mas meu coração disparava como se tivesse corrido uma maratona. Lua estava finalmente fora de perigo, a bebê estava viva, e a sensação de que tínhamos sobrevivido ao pior ainda não conseguia se traduzir em palavras.
Quando entrei no quarto do hospital, senti uma presença familiar: minha mãe, Helena, e Laura, a vó de Lua. Elas vieram correndo, os olhos marejados, e antes que eu pudesse falar, me abraçaram com força. O calor delas, o cheiro de casa, a sensação de pertencimento — tudo isso me fez desmoronar por dentro e, ao mesmo tempo, sentir um alívio inexplicável.
— Eduardo... — disse minha mãe, com a voz embargada. — Que bom que estão bem.
Segurei o abraço por um instante, absorvendo cada segundo, cada sensação de que não tínhamos perdido ninguém. Laura, com seu jeito doce e firme, me apertou o ombro, transmitindo a mesma mens