O amanhecer chegou pesado, como se o céu anunciasse que algo estava prestes a acontecer. Laís acordou com uma sensação estranha no peito. Eduardo ainda dormia ao seu lado, o rosto sereno, os braços entrelaçados aos dela. Por um instante, tudo parecia calmo. Mas não durou.
O celular de Laís vibrou com insistência. Era uma mensagem de Gabriela, com um print anexado.
> “Ela postou isso agora. Tá todo mundo comentando.”
Laís abriu o print e sentiu o estômago gelar. Era uma postagem de Clara, com uma foto antiga — muito antiga — de Eduardo com ela, em uma festa. Estavam rindo, abraçados, e a legenda dizia: *“Algumas promessas a gente nunca esquece. Nem tenta.”*
— Eduardo — ela chamou, com a voz trêmula.
Ele abriu os olhos devagar, sentindo o peso no ar.
— Aconteceu alguma coisa?
Ela apenas estendeu o celular. Ele leu e fechou os olhos com força, esfregando o rosto.
— Isso é de dois anos atrás. Antes mesmo de você voltar pra cá. Ela tá tentando manipular tudo.
— Eu sei — Laís disse. — Mas a