Os dias que se seguiram foram uma mistura de encantamento e tensão. A cidade parecia respirar o mesmo clima de expectativa que envolvia Eduardo e Laís. O casamento, ainda sem data oficial, já era assunto entre vizinhos, amigos e colegas da ONG. Mesmo com as ameaças rondando, eles escolhiam olhar para o futuro com coragem e afeto.
Laís visitava ateliês simples do interior em busca do vestido ideal. Gabriela, empolgada como se fosse sua própria cerimônia, acompanhava tudo, tirando fotos, dando palpites e fazendo piadas que arrancavam risos até das costureiras. Depois de muitas provas, encontraram um modelo que parecia feito sob medida: leve, rendado, com detalhes florais nas mangas e uma fenda delicada na perna.
— Você vai fazer ele desmaiar no altar — disse Gabriela, rindo e ajeitando o véu no espelho.
— A ideia é essa — respondeu Laís, sorrindo com os olhos marejados, tocando com carinho o tecido branco e suave. Pela primeira vez, tudo parecia real.
Enquanto isso, Eduardo se dedicava