O sábado chegou com cheiro de pão fresco e sol aquecendo os muros da cidade. Era dia de churrasco na casa do Matheus, melhor amigo de Eduardo desde os tempos de escola. A reunião tinha sido marcada meio em cima da hora, mas todos toparam — talvez como uma forma de fugir dos burburinhos da cidade.
Laís ajeitava o cabelo diante do espelho quando Eduardo surgiu por trás e a abraçou pela cintura, encaixando o rosto na curva do pescoço dela.
— Pronta pra enfrentar uma tarde de piadas ruins e carne mal passada?
— Desde que seja ao seu lado, até farofa queimada eu encaro.
Ele riu e a beijou no pescoço. — Cuidado. Você tá ficando romântica demais.
— Tô mesmo. Culpa sua.
Chegaram no início da tarde. Matheus já estava na churrasqueira, Gabriela preparava drinks coloridos na varanda, e a música misturava sertanejo com pop dos anos 2000. Entre os convidados, estava também Hugo — amigo de infância de Eduardo e o mais sarcástico do grupo — já com uma latinha na mão e o olhar atento.
— Olha só quem