Na manhã seguinte, Isadora e Matteo tomavam café na sala anexa ao quarto, uma mesa posta com perfeição, mas o clima era frio e carregado. Matteo a observava em silêncio, os olhos fixos nela enquanto mexia a xícara de café sem real interesse.
— Você sente falta de alguém lá fora? — soltou de repente, a voz baixa, quase casual.
Isadora ergueu o olhar, seca:
— Não tenho ninguém.
Matteo manteve o olhar, pressionando de leve:
— Nunca teve? Nem alguém que você… amou?
Ela hesitou um segundo, o olhar vacilando por um instante antes de endurecer de novo.
— Sim. Seu primo, Enzo. — As palavras saíram cortantes, ditas só para provocar, mas acertaram em cheio.
Matteo largou a xícara com um estalo seco, os olhos faiscando de fúria. Ele se levantou bruscamente.
— Tenho coisas a resolver — disse, já caminhando para a porta.
Isadora respirou fundo, firme:
— Preciso retomar a organização do casamento também.
Matteo virou o rosto, a voz fria:
— Faça o que quiser… dentro de casa. Você não vai pôr os pés