13: A Bastarda e o Herdeiro

A mansão dos Bianchi era um organismo vivo — respirava pelas paredes, murmurava pelos corredores. E agora, parecia observá-la, cada canto ecoando o que ela queria desesperadamente esconder.

Isadora caminhava com cuidado, tentando agir normalmente. Cada passo era medido, cada gesto calculado para não chamar atenção. Mas o corpo a traía — os enjoos vinham em ondas discretas, a cabeça latejava, as mãos suavam. Ela passava reto pelos empregados, fingindo ser invisível, mas sabia: estavam de olho.

Uma mulher parada no final do corredor — a governanta — observava com a neutralidade fria de quem julga sem precisar falar.

Preciso avisar Matteo antes que seja tarde.

Isadora acelerou o passo. Subiu as escadas até o andar superior, onde ficava o escritório dele. Bateu na porta, duas vezes.

Nada. Tentou de novo.

Foi então que um empregado surgiu, com a expressão vazia de sempre.

— Senhor Bianchi não está na casa.

O vazio na resposta fez seu estômago afundar. O aviso veio pouco depois.

— A senhora
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