89. Um Babaca Manipulador
“Max Whitmore”
O som do tapa ainda ecoa na minha cabeça quando vejo Giulia sair da sala transbordando ódio, com Liz correndo atrás dela.
A marca da mão dela arde no meu rosto, mas é fichinha perto da sensação que se instala em mim.
Merda. Estraguei tudo.
— Max, que porra você está pensando em fazer? — Ettore pergunta quando me vê indo em direção à porta.
Ignoro. Não posso deixar assim. Saio da sala e sigo pelo corredor. Preciso alcançá-la.
Explicar que não foi… bom, que foi exatamente o que ela pensa, mas não pelos motivos que ela imagina.
Quando viro o corredor, a vejo parada em frente ao elevador, apertando o botão como se quisesse furar a parede. Liz está ao lado, tentando consolá-la com alguma coisa que não consigo ouvir.
— Giulia — chamo, me aproximando devagar. — Por favor, me deixe explicar.
Ela se vira devagar. A raiva nos olhos dela é tão intensa que, por um segundo, acho que vem outro tapa.
Mas não. Ela levanta o dedo do meio bem na minha cara.
— Vá à merda, Max