Parte 73...
Aurora
Eu dei uma travada na respiração e apertei o braço de Gisele.
— Bem... - a mulher nos olhou de um modo pesaroso. Não gostei — Ela acabou de sair da cirurgia e foi demorada e delicada. O que posso dizer agora é que ela corre risco de morte.
Eu senti minhas pernas tremerem e caí para trás. Ainda bem que o sofá estava bem atrás de mim.
— C-como disse? - coloquei a mão no peito, sentindo falta de ar.
— Eu prefiro não esconder nada de meus pacientes e parentes. Sempre achei melhor falar a verdade, mas isso não os impede de manter as esperanças.
Gisele começou a chorar.
— Ela teve fraturas na bacia, quebrou um braço e infelizmente, um trauma forte na cabeça. - eu levantei a cabeça — Eu sinto informar, mas ela está em coma induzido.
Foi como levar um choque em todo o corpo. Até minha cabeça doeu. Eu errei em ter deixado minha mãe sozinha.
— O que eu posso fazer?
— Agora... - ela soltou um suspiro — Ser positiva e aguardar. Fizemos o possível para salvar a senhora Marlene e