Por muito tempo, Helena só ficou ali, enroscada no abraço dele, tentando acreditar que aquilo era real.
Era quase meio-dia quando Arthur finalmente se mexeu, passando os dedos pelo cabelo dela devagar, como se precisasse confirmar que ela não ia desaparecer.
Ela ergueu o rosto, surpresa por encontrá-lo sorrindo.
Um sorriso pequeno, que não tinha nada de calculado.
— O que foi? — perguntou, a voz rouca de sono.
— Eu estava pensando… — Arthur passou o polegar pelo contorno da sobrancelha dela, num gesto tão natural que a fez estremecer. — Que hoje é domingo.
— E?
— E que estou decretando que o domingo vai ser só nosso.
Helena piscou, sem saber se entendia.
— Como assim?
Ele se afastou só o bastante para olhar nos olhos dela.
O tom continuava calmo, mas havia algo de firme ali.
— Quero que você vá comigo a um lugar.
— Arthur… — começou, com o coração acelerando sem permissão.
— Não vou sequestrar você — disse, e o canto da boca se ergueu num quase-sorriso. — Só… confia em mim hoje.
Ela h