O retorno à fortaleza foi silencioso.
 A mensagem na entrada ainda pulsava na mente de todos:
 “A fenda já abriu. Vocês apenas não sentiram cair.”
 Mas Selena… sentiu.
 Desde a clareira, algo nela parecia à beira do rompimento. Como uma represa prestes a ceder.
 A marca queimava, mas não como dor.
 Era desejo.
 Fúria.
 Alerta.
 Darian também estava tenso. Não disfarçava.
 Ele farejava o desequilíbrio como um lobo fareja sangue no vento.
 Sabia que algo estava deslocado entre eles. E não era só o perigo externo.
 Era o vínculo.
 Naquela noite, os dois estavam sozinhos no quarto principal.
 A fortaleza permanecia sob vigília pesada.
 Eleonora não os perturbou.
 Ninguém ousaria.
 Darian estava à janela, o corpo rígido.
 Selena sentada na poltrona, os joelhos recolhidos, a respiração curta.
 — Eu vi você — disse ela de repente.
 — Caído.
 — Em uma visão… ou em um futuro?
 Ele se virou devagar.
 — Eu senti a mesma coisa.
 — A marca vibrou. O colar ardeu. A floresta nos mostrou algo que pode