Kaled não contou a ninguém sobre a aparição da feiticeira.
Não naquela noite.
Ele apenas guardou o pergaminho de volta no baú lacrado, trancou a porta da biblioteca com um feitiço antigo e saiu como se nada tivesse acontecido.
Mas por dentro… algo havia mudado.
E ela sabia disso.
Na manhã seguinte, a fortaleza acordou em alerta.
Guardas duplicados.
Movimentação incomum.
Olhares trocados em silêncio.
Selena sentiu na pele.
A tensão agora era visível. Não mais sussurros. Mas atos.
— Eles não confiam mais em ninguém — disse Darian, ajustando o cinturão da espada.
— Nem em você.
Ele não negou.
— E o pior é que não estão errados em temer. Só erram o alvo.
Eles estavam no salão inferior, onde os guardiões mais antigos se reuniam para coordenar as defesas.
Eleonora entrou, séria.
— Um dos pontos de vigia foi encontrado vazio. Sem sinais de luta. Apenas… sumiço.
— Patrulha noturna? — perguntou Darian.
— Sim. Dois guardas. Foram até a fronteira da floresta ao norte. Nunca ret