O dia amanheceu leve, com o céu limpo e o vilarejo pulsando um novo ritmo.
Não havia pressa. Nem medo. Só vozes, aromas, risos soltos no ar.
Selena caminhava ao lado de Darian pelos corredores externos do castelo, de mãos dadas.
O povo os cumprimentava com sorrisos sinceros, toques de cabeça e olhos brilhantes de gratidão.
Não havia mais reverência exagerada.
Ali, entre eles, Darian e Selena já não eram figuras distantes — eram os dois que ficaram. Os dois que lutaram. Os dois que renasceram junto com aquele lugar.
— Parece outro mundo — murmurou ela, observando crianças correndo ao redor das fontes, guardiões ajudando a carregar cestas, e famílias sentadas em bancos, rindo como se sempre tivessem pertencido àquele tempo de paz.
— E é — respondeu Darian. — A diferença é que agora ele também é nosso.
Uma garotinha de tranças se aproximou, os pés descalços e um pedaço de pão na mão.
Olhou para os dois com curiosidade genuína e perguntou:
— Vocês são rei e rainha?
Selena sorriu, agachand