Fiquei parada por alguns segundos, ouvindo, tentando decidir se deveria continuar ou recuar. A preocupação me puxava para frente. Respirei fundo e me aproximei devagar.
Quando cheguei à porta, o som ficou mais claro. Não havia dúvida: vinha de dentro. Levantei a mão, hesitando antes de bater. Bati de leve. Mas não obtive resposta. Respirei fundo, tentando controlar o nervosismo, e bati de novo, um pouco mais firme.
— Natasha? — chamei, pronta para bater de novo. Mas antes que meus dedos tocassem a madeira, a porta se abriu.
Natasha estava ali. Seu rosto vermelho, um pouco suado. Os cabelos castanhos esvoaçantes. Ela vestia um robe rosa choque que contrastava fortemente com sua pele branca e pálida. Seus olhos, ainda arregalados com surpresa, imediatamente se fixaram em mim.
— Isabel? — ela olhou à minha volta, certificando-se de que eu estava sozinha. — Está tudo bem? — Ela puxou um pouco mais o robe, cobrindo-se. — Você está bem? Está precisando de alguma coisa? — sua voz estava