O café da manhã estava delicioso, mas, ainda assim, eu sentia a necessidade inadiável de deixá-la ciente do que, de fato, desejo com ela. Não bastava apenas desfrutar daquele momento trivial; era imprescindível que ela soubesse, com absoluta clareza, quais são as minhas intenções. Ainda que o nosso futuro casamento se configure apenas como um contrato um acordo frio e racional, o corpo dela me pertence. Quero ter o direito de usá-la no meu quarto, da maneira que amo, sem máscaras ou concessões, conduzindo-a para um universo do qual, tenho certeza, ela irá se apaixonar… mesmo que ainda não saiba disso. Assim que terminamos o café da manhã, levantei-me e a chamei. Ela, hesitante, demorou alguns segundos, mas acabou se levantando também, permitindo que eu a conduzisse até o andar superior do meu apartamento. Cada degrau que subíamos parecia representar não apenas uma mudança de espaço, mas um avanço irreversível na relação que estávamos construindo ou desconstruindo ao nosso modo.
Sem pe