Eu sempre soube que, em qualquer lugar, os novatos eram observados com desconfiança. Era um comportamento quase infantil, mas, ainda assim, recorrente. As pessoas olhavam de canto, cochichavam, julgavam, como se a presença de alguém novo representasse uma ameaça direta às suas zonas de conforto. E, ironicamente, muitas dessas mesmas pessoas pareciam não compreender o óbvio: empresas precisam crescer. Expandir. Evoluir. E, para isso, é natural que haja rotatividade. Gente nova chega, gente antiga vai embora. É o ciclo inevitável dentro de grandes corporações. E essa aqui, onde eu havia conseguido uma vaga, não era diferente. Uma empresa multimilionária, estruturada, respeitada — o tipo de lugar que, sinceramente, eu jamais imaginei pisar. Conseguir essa entrevista foi como um respiro num mar revolto. Tudo aconteceu graças à minha amiga Amélia.A família dela tem condições financeiras bem diferentes das minhas, e por sorte — ou talvez empatia — ela soube através do pai que estavam busca
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