Roberto não respondeu. Carolina sabia muito bem o que isso significava.
Mesmo assim, acabou cedendo e caminhou até sentar-se de frente para ele.
— Roberto, você me trouxe aqui para vê-la. Eu… eu realmente quero vê-la agora. Quero saber se ela está bem, pode ser? — Disse com sinceridade, sentindo os olhos arderem.
Era um misto de opressão, mágoa e uma expectativa sufocante, acumulada por tanto tempo.
— No meio da noite, visitar uma paciente? Você acha apropriado? — Respondeu ele, com uma leveza quase irritante.
Bastou essa frase para Carolina entender que não haveria encontro com Fernanda naquela noite.
O que a deixava mais inquieta era lembrar que, quando ainda estavam no Brasil, ela havia feito apenas uma pergunta e ele prontamente a levara até o avião, como se quisesse atender ao seu desejo de imediato.
Naquele momento, ele não parecia o mesmo homem que tinha agido assim antes.
Se não fosse loucura, só poderia ser de propósito. Como um gato que captura um rato e, em vez de matá-lo, p