Carolina prendeu a respiração e ignorou o comentário dele. A ligação caiu sozinha, mas logo o telefone voltou a tocar. Desta vez, era Thiago, o secretário de Matheus.
Depois de hesitar alguns segundos, ela se afastou para atender.
— Secretário Thiago… Tudo o que consta na minha lista de transição está claramente descrito. Tem certeza de que não encontrou? Certo, então eu volto aí para procurar.
Quando desligou, ergueu os olhos e viu Roberto. Ele ainda segurava uma carta, enquanto os outros à mesa jogavam animados.
Mas… Como continuavam a partida se ele estava com uma carta a menos?
Lembrando-se da urgência na voz de Thiago ao telefone, ela falou:
— Sr. Roberto, preciso voltar à empresa.
O olhar dele, afiado, carregava um ar de falsa indiferença.
— Já arrumou outro tão rápido assim?
Carolina ficou sem palavras.
Ele sabia que ela tinha se demitido. Então, sim, a pergunta fazia sentido, mas o tom carregava algo a mais, um gosto diferente, que ela percebeu.
Com o humor instável dele, Carol