O salão do cassino DeLuca estava em silêncio absoluto, exceto pelo tilintar distante de taças e o som abafado da respiração de dezenas de testemunhas. O ar pesado de fumaça e tensão parecia vibrar. O brilho dourado dos lustres contrastava com o clima sombrio que se formava entre os dois irmãos, frente a frente — a mesa de apostas transformada agora num campo de batalha.
Frank pegou a pistola com calma, o olhar fixo em Martin. Conferiu o tambor, observando com atenção o brilho metálico da única bala que tilintava lá dentro. Girou o cilindro, trancou-o de novo e pousou a arma no centro da mesa.
— Pronto, Martin? — perguntou, a voz grave, fria como aço.
Martin o encarou, o olhar carregado de raiva e desprezo.
— O destino escolherá o primeiro. — disse num tom quase cerimonioso.
Com um gesto teatral, girou o tambor mais uma vez, apoiou a pistola na mesa e a empurrou, fazendo-a rodar lentamente. O som metálico da arma girando ecoou no salão, cortando o silêncio. Todos prenderam a respiraçã