Martin falou de Elena com o mesmo tom frio de quem negocia um bem. Rose sentiu o sangue ferver nas veias; seus punhos se fecharam por baixo da mesa, o rosto impassível apenas por puro controle.
— Que bom — respondeu, com uma calma cortante. — Porque Elena não tem nada a ver com o seu mundo, Martin.
Ele inclinou a cabeça, os olhos semicerrados, avaliando-a como um caçador que saboreia o medo da presa.
— Ah, mas tem sim — Um sorriso lento surgiu nos lábios dele. — Meu pai foi cuidadoso… colocou o nome dela no testamento. Isso significa que a sua filha, pertence a esse mundo da máfia. Assim como você pertence a mim.
Rose arqueou uma sobrancelha, contendo o impulso de reagir.
— Eu não voltei pra você, Martin. Voltei pra resolver o que é meu por direito — disse, com firmeza e uma ponta de veneno na voz.
Ele inclinou-se, a voz baixa, quase um sussurro que roçou a pele dela.
— Pode repetir isso o quanto quiser,Rose, mas o destino sempre dá um jeito de te trazer de volta pra mim.
Rose reco