No outro dia, o sol já atravessava as cortinas quando Rose abriu os olhos. Sentiu o corpo dolorido, lembrança da noite anterior, e virou-se de leve. Ao lado dela, Frank dormia tranquilo, apenas de cueca, o semblante relaxado como se fosse inofensivo. Como podia um homem que parecia um perigo acordado, parecer tão vulnerável assim dormindo?
Levantou-se devagar, os pés nus tocando o frio do chão, e foi até o banheiro. Pegou sua roupa, vestindo-se às pressas, com um único pensamento: preciso ir embora antes que ele acorde.
Mas, ao tocar a maçaneta, a voz grave dele cortou o silêncio:
— Aonde você vai?
Rose se virou, engolindo em seco.
— Eu... tô com fome. Vou comer alguma coisa — mentiu, evitando encará-lo.
Frank se levantou, ainda sonolento, mas com aquele olhar que a desarmava.
— Espera. Vamos tomar café juntos principessa
Sem alternativa, ela voltou e se sentou numa poltrona no quarto, com as mãos inquietas sobre o colo. A vergonha queimava em seu rosto. Como vou encarar a família de