De volta à mesa, Rose mal havia se sentado quando Valéria, com um sorriso venenoso, disparou:
— Vocês dois dançando… formam um casal lindo.
O comentário caiu como uma flecha. Rose sentiu o rosto arder. O Sr. Vitale franziu o cenho e respondeu ríspido:
— Cuidado com o que você fala, Valéria.
Mas no fundo, Rose sabia: Valéria tinha razão. Aquela dança havia sido provocativa, carregada de algo que ninguém ali podia fingir não ter visto.
Foi então que aconteceu o inesperado. Frank se aproximou da mesa, imponente, e encarou diretamente o pai de Rose.
— Sr. Vitale… me dá a permissão para levar sua filha para um passeio de jovens?
Um silêncio pesado caiu sobre todos. O Sr. Vitale, sem pensar duas vezes, respondeu quase em reverência:
— Claro que pode.
Quem ousaria negar algo a um DeLuca? Ainda mais a Frank.
Na mente de Rose, as palavras dele voltaram como um eco cruel: “Seu pai venderia você sem pensar duas vezes. Para qualquer um.”
Rose tentou resistir, a voz embargada:
— Não, obrigada… est