A prisioneira

No fim do dia

Rose estava no quarto em silêncio deitada na cama, sentou tomada por coragem, enfrentou Frank:

— Eu não vou ficar aqui na cidade. Vou embora, voltar pra minha casa no interior.

Frank ergueu os olhos devagar, a expressão fria, perigosa.

— E quando foi que eu te dei permissão, Rose?

— Você não manda em mim! — ela respondeu firme, o coração acelerado. — E meu casamento com Martin... já era mesmo.

As palavras ecoavam na cabeça dela. Ainda naquela manhã, ouvira às escondidas a Senhora DeLuca no telefone: “Martin, eu não vou me intrometer nesse assunto. Quando voltar, você resolve. (...) Ela está com a gente.”

Frank se aproximou dela, a sombra dele cobrindo cada passo que ela tentava recuar.

— Vamos para a fazenda.

— Eu não quero ir... — a voz dela saiu quase num sussurro.

De repente, ele tampou a boca de Rose com força, os olhos faiscando de autoridade.

— Você vai aonde eu for.

Rose se debateu, indignada.

— Só se for amarrada!

Ele arqueou um meio sorriso frio.

— Arruma suas
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