O Pai que me Vendeu

O jantar estava servido com fartura, mas para Rose cada prato parecia vazio, enquanto ela apenas empurrava a comida pelo prato, o apetite engolido pelo turbilhão de pensamentos.

A Nonna, sempre doce, sorriu para ela com carinho:

— Che gioia riaverti qui, ragazza (Que alegria ter você de volta, menina.) tradução.

Rose apenas correspondeu com um aceno tímido, tentando disfarçar o nó na garganta. Frank, atento a cada gesto, inclinou-se em sua direção e murmurou com firmeza:

— Coma um pouco, Rose.

Ela respirou fundo e, para não contrariá-lo, levou alguns pedaços à boca, ainda que tudo lhe parecesse sem gosto. Quando terminou, pousou o talher e, com a voz trêmula, disparou:

— Frank… você pode me levar até a casa do meu pai? Por favor.

Frank ergueu os olhos, surpreso, quase indignado.

— Rose… — começou a repreender, mas ela não deixou que continuasse.

— Eu entendi tudo o que você me disse… mas eu preciso falar com ele. Preciso olhar nos olhos dele, ouvir da boca dele. Por favor, me leva ag
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