Frank levou Rose até a vinícola da família. O lugar era grandioso, quase majestoso, com fileiras de barris alinhados, o perfume adocicado das uvas em fermentação e uma elegância que denunciava séculos de tradição. Ele caminhava ao lado dela, explicando cada detalhe — da colheita da uva à transformação em vinho — com uma paixão inesperada. Era como se aquele universo fosse parte de sua alma.
Chegaram a uma sala reservada, luxuosa, com sofás de couro, uma mesa baixa e cristaleiras cheias de taças finas. Frank abriu uma garrafa com destreza e serviu um vinho escuro, encorpado.
— Experimente — disse, oferecendo a taça.
Rose provou, mas logo ergueu a mão.
— Frank… chega. Eu não tenho costume de beber, vou acabar ficando bêbada.
Ele sorriu com cinismo.
— Fique tranquila. Esse vinho é puro, feito aqui. Para se embriagar, teria que beber muito mais.
Rose sentiu a respiração prender. Aquele olhar intenso não lhe dava escapatória.
— Frank… — tentou mudar de assunto, nervosa. — Você realmente se