Naquela manhã, Rose despertou antes mesmo do sol nascer. O quarto permanecia em meia penumbra, as cortinas fechadas abafavam a luz tímida da madrugada, e o ar parecia pesado, como se o mundo soubesse que aquele seria um dia decisivo. Ela levou a mão à barriga arredondada e acariciou o bebê com delicadeza. Um arrepio suave percorreu sua pele: o tempo havia chegado. Restavam apenas algumas semanas para a criança nascer, e no coração de Rose pulsava precisava voltar para a Itália. Ficar longe de Martin.
O país que a vira crescer chamava por ela. O calor das lembranças da cozinha de italiana, o cheiro de molho fresco borbulhando na panela, o pão quente saindo do forno. Tudo aquilo lhe faltava. Tudo aquilo era lar.
Respirou fundo, tentando domar a ansiedade. Tomara a decisão na noite anterior e sabia que não havia volta. Levantou-se da cama com calma, arrumou-se em silêncio e chamou Caterina.
A governanta entrou no quarto com o sorriso habitual, mas bastou ouvir as palavras de Rose para q