As palavras caíram como um feitiço, deslizando pelo ar denso do quarto.
O som da chuva lá fora marcava o ritmo entre eles — lento, constante, quase hipnótico.
Rose fechou os olhos por um instante, sentindo o arrepio subir pela nuca, lutando contra a vertigem de ceder.
Lá fora, a chuva caía sem trégua.
Cada gota parecia vibrar no ar, atravessando a janela e tocando-lhe a pele sem realmente alcançá-la.
O quarto estava tomado pelo cheiro denso da terra molhada e por um ar metálico, doce e inquietante de jasmim.
As cortinas se moviam lentamente, roçando umas nas outras ao sabor do vento que soprava pela fresta do porta-balcão, misturando-se ao compasso hipnótico da chuva — uma melodia que fazia o coração de Rose bater fora do ritmo.
Rose inclinou-se levemente para frente, quase encostando seu nariz no dele, buscando a proximidade que fazia seu coração acelerar. O calor do corpo dele envolvia-a, e ela fechou os olhos por um instante, permitindo-se sentir a intensidade do momento.
— Você m