Christian Müller –
Nathan ria alto enquanto corria pela sala, puxando as peças da pista de corrida para perto de mim.
Me sentei no tapete macio, pronto para ajudá-lo a montar aquele verdadeiro labirinto de curvas e descidas radicais. Era engraçado como meu pequeno era incansável; mesmo com tanta emoção rolando desde que Laura e Tereza chegaram, ele parecia mais energizado do que nunca.
— Papai, essa parte aqui é a descida! — explicou Nathan, apontando para uma peça laranja curvada.
— Isso mesmo, campeão — respondi, rindo. — Vamos fazer a maior pista de todas!
Enquanto encaixávamos as peças, eu olhava para Nathan e sentia uma paz difícil de explicar. Minha família estava em casa. Completos. Tereza, tão pequena e frágil, e Laura, a mulher que lutou tanto para nos dar tudo isso. O amor que eu sentia por eles parecia maior que o próprio mundo.
Nathan se inclinou para colocar um carrinho azul brilhante no topo da rampa recém-montada e, juntos, contamos até três para lançá-lo:
— Um... dois.