Christian Müller –
Fazia dias que o julgamento havia terminado, mas a paz que eu esperava... não veio.
As noites ainda eram insones. A cabeça, cheia. O coração, em silêncio.
Ainda faltava mais um assunto para ser resolvido...Quem era a mulher que planejou irritar Laura, colocando a vida delas em risco?
Eu estava no banco do passageiro quando Mark parou o carro de forma brusca diante de um prédio velho, esquecido por qualquer traço de modernidade. Ele me olhou como quem guardava um segredo que pesava.
— Foi aqui que ela desapareceu — disse ele. — A mulher que causou a discórdia entre você e a Laura. Eu encontrei.
Demorei alguns segundos para entender.
— Tem certeza? — perguntei, a mão já alcançando a maçaneta.
Mark assentiu.
Subimos os degraus mofados em silêncio, o cheiro de poeira impregnando o ar. Quando chegamos à porta do apartamento 402, o trinco estava quase solto. Eu forcei. Entramos.
E então… tudo parou.
Meu rosto.
Por todos os lados.
Fotos minhas coladas nas paredes, moldurad