A manhã estava calma, o sol entrando pelas cortinas do quarto de Aurora, quando a porta da sala se abriu de repente.
— Helena. — A voz era gelada, controlada, mas carregada de desdém.
Eu me virei, o coração apertando. Lá estava a bruxa.
Arthur congelou por um instante, a mão ainda apoiada na cadeira do carro que tínhamos deixado na entrada.
— Mãe… — a voz dele saiu tensa, mas firme. — O que você está fazendo aqui?
— Vim ver minha neta
Isabel avançou alguns passos, sem esperar resposta, e me empurrou levemente para o lado, como se eu fosse um obstáculo insignificante.
— Deixe que eu pegue minha neta. — Sua voz era firme, autoritária.
Antes que eu pudesse protestar, ela já segurava Aurora nos braços, acomodando a bebê com aquele jeito frio, calculado, mas com um toque cuidadoso que só ela sabia dar.
Respirei fundo, controlando a raiva e a vontade de arrancar a criança de seus braços. Não faria cena.
Me afastei, permanecendo parada, observando em silêncio, deixando que Arthur encarasse a