O silêncio pesou no ar. Arthur me encarava como se eu tivesse acabado de cometer um pecado imperdoável. O maxilar dele travou, os olhos escureceram ainda mais, e por um segundo temi que ele fosse explodir.
Ele deu dois passos na minha direção, devagar, como um predador prestes a encurralar a presa.
— Você acha que pode simplesmente chegar aqui e… ditar as regras? — a voz dele saiu baixa, grave, mas carregada de perigo.
— Eu não estou ditando nada — retruquei, mesmo com a voz trêmula. — Só quero o meu espaço. É pedir demais?
Arthur riu, um riso curto, sem humor, que fez meu estômago se revirar. Ele parou tão perto que senti o calor do corpo dele.
— Você é incrível, Helena. Passou noites na minha cama, gozou comigo, gemeu no meu ouvido… e agora vem com essa de “quero o meu espaço”?
A garganta apertou, mas eu não recuei.
— Eu tenho esse direito.
Os olhos dele brilharam com uma mistura de raiva e… desejo.
Arthur passou a língua pelos lábios, como se estivesse contendo palavras ainda m