Antônio ponderou as palavras de Henrique e Bárbara, sua expressão ainda carregada de mágoa, mas com um lampejo de resignação. Ele olhou para Marta, que segurava a mão de Bruno, o rosto dela uma mistura de tristeza e compaixão. O silêncio na sala era pesado, quebrado apenas pelos soluços contidos de Bruno.
— Está bem. — A voz de Antônio era rouca, e ele desviou o olhar de Bruno. — Vamos nos reunir com essa advogada. Mas que fique claro, Bruno.
Ele finalmente encarou o filho, seus olhos transmitindo uma dor profunda. — Eu ainda estou muito ressentido com você. O que você fez... não tem justificativa. Vai levar muito tempo para que eu consiga te perdoar, se é que um dia consigo.
Bruno encolheu-se com as palavras do pai, mas um aceno de cabeça indicou que ele havia entendido. A promessa de perdão era distante, mas a chance de ter a família ao seu lado, mesmo com a dor e a desconfiança, era um fio de esperança.
Marta apertou a mão de Bruno, seus olhos fixos em Antônio. — Antônio, p