Tudo que se sucedeu após a morte da mãe de Ian foi muito rápido. Depois da comprovação de Brian de que houve uma parada cardíaca, o velório e o enterro foram providenciados. O episódio na sala entre Allan e Mairi ficou provisoriamente esquecido, e os dois permaneceram todo o tempo ao lado de Ian, que parecia abatido e aflito, mas não chorava.
— Quer que eu lhe traga algo para beber? – Mairi perguntou ao marido, que estava sentado ao lado do caixão.
— Não...
— Ian, se você quiser chorar não se sinta mal. Nós amamos você, e achamos que deve aliviar seu coração – Allan disse baixo, com a mão em seu ombro.
— A Bíblia diz que devemos prantear os mortos, Ian – disse Mairi com calma. – Deus nos aconselha sabiamente a isso. Assim, de certa forma, boa parte de nossa dor é tirada para fora do nosso coração.
— Chorar? – Parecia transtornado. – Sabia que o mais próximo que estive de minha mãe foi nesta última semana, quando esteve doente e você achou melhor que eu ajudasse a fazer companhia para