Damian
O aviso chegou às 22h17. Um dos sensores externos piscou em vermelho. Depois o segundo, o terceiro. Quando olhei para o painel principal, já era tarde demais para dúvidas, estávamos cercados.
— Drones — informou Ronan, correndo para o vidro panorâmico. — Pelo menos dez. Estão pairando a duzentos metros.
Do alto da cobertura, o reflexo deles piscava como vaga-lumes metálicos. Pequenos, mas armados. Havia também luzes em telhados vizinhos, pontos de atiradores.
— Quantos homens no perímetro? — perguntei, ligando o comunicador.
— “Trinta visuais confirmados, mas pode ter o dobro escondido” — respondeu Viktor. — “Voss veio pra encerrar o jogo.”
Fechei o laptop com força. O som seco ecoou pela sala. O lobo dentro de mim rugiu, pedindo pra sair. Eu sentia o sangue pulsando, os sentidos prontos pra caçar. Mas a razão sussurrava: é armadilha.
— Evacua todos os funcionários — ordenei. — Ninguém fica.
— E nós? — Ronan perguntou.
— Nós defendemos. — A frase saiu mais grave do que eu esper