“Como é que essa conversa chegou nesse ponto?”, Ava se pergunta, tentando organizar os próprios pensamentos enquanto sente as mãos de Hector firmes em sua cintura.
Era para ser só uma exigência, uma cobrança sobre respeito, sobre imagem, sobre o acordo dos dois. Mas agora… ali, com ele tão perto, com a respiração quente tocando sua pele, tudo parece desandar.
Seus batimentos aceleram, a pele arrepia sob o toque dele, e a raiva inicial se mistura com algo mais denso, mais perigoso. Desejo. Um desejo que ela tenta disfarçar, mas que cresce em silêncio, principalmente quando Hector a olha daquele jeito, como se soubesse exatamente o que ela estava sentindo.
“Droga”, pensa, enquanto ele a segura mais firme, puxando-a com calma, mas sem dar espaço para fuga.
— Não sei por que você ainda tenta brigar comigo quando o seu corpo já me respondeu faz tempo — ele murmura, com os olhos presos nos dela.
— Olha… — ela começa, com a voz trêmula, enquanto seus olhos tentam fugir dos dele. — Eu não est