Ainda nos braços de Hector, Ava se afasta instintivamente, tentando recompor a respiração. Já Hector não se move. Apenas vira o rosto devagar em direção à porta, com o olhar gélido.
— Priscila… — diz, num tom firme e direto — você costuma entrar na minha sala sem bater?
A mulher empalidece na hora.
— Não, é que… achei que… desculpe, senhor. Não vai se repetir.
A secretária tenta sair tão rápido quanto entrou, com o rosto em chamas de vergonha. Mas a voz de Hector a detém no mesmo instante, firme como uma ordem.
— Eu não te chamei aqui. Mas, já que apareceu, pelo menos seja útil — diz ele, sem soltar a cintura de Ava, que ainda tenta se recompor, desconfortável com a cena. — Chame agora o responsável pela segurança e pelas câmeras da empresa. Preciso que venham ao meu escritório. Imediatamente.
— Claro, senhor — responde Priscila, já se virando novamente para sair.
— Eu ainda não terminei — ele interrompe, com a voz mais fria agora.
Ela congela na porta, completamente sem graça. Seu ro