O sol mal começava a surgir no céu quando Camélia abriu os olhos, lentamente. O calor ao redor dela era familiar. Seguro. Era Kael.
Ele a envolvia por completo — um braço sob sua cintura, o corpo colado ao dela, como se o tempo entre eles precisasse de pausas apenas para respirar. O cheiro dele ainda era a primeira coisa que sentia ao acordar: terra molhada e calor — um lar que ela não sabia que precisava, até conhecer.Kael já estava desperto. Mas, como sempre, não tinha pressa em abrir os olhos se ela ainda estava ali. Só quando sentiu o suspiro dela mais longo, ele sussurrou, sem se mexer:— Dormiu bem?— Com você, sempre. — A voz de Camélia saiu baixa, rouca, como se ainda dançasse entre o sono e o que viria depois.Ele colou os lábios em sua nuca, e o toque suave fez a pele dela arrepiar.— Hoje é o dia, Camélia. — disse ele, com calma. — A gente começa o ritual... pra selar tudo isso que já pulsa dentro da gente.E