O quarto de Camélia estava silencioso, envolto pela penumbra suave da noite. A luz da lua atravessava a janela entreaberta e se espalhava pelo chão de madeira, desenhando sombras prateadas nas paredes.
Kael se deitou primeiro, de lado, o corpo grande ocupando metade da cama com naturalidade. Camélia demorou alguns segundos a mais — não por hesitação, mas porque algo dentro dela vibrava. Um chamado antigo, visceral. O vínculo.Ela se virou devagar, encontrando abrigo entre o ombro e o peito dele. O calor do corpo de Kael a envolveu como uma âncora, e tudo pareceu mais leve. O coração desacelerou.— Eu sei — ele disse, com a voz baixa, rouca. — Tá mais forte. Ficar longe de você agora seria como... sufocar.— Eu não conseguiria — ela sussurrou. — Quando você se afasta, parece que o mundo fica errado.Ele apertou os braços ao redor dela.— É o vínculo crescendo. E tem mais uma coisa — murmurou, tocando a marca no pulso dela. — A gen