— Tudo o que tínhamos que fazer aqui, já fizemos — disse Oliver ao sair da sala de depoimento, com a expressão tensa e cansada.
— E nada até agora? — Saulo perguntou, com a esperança se esvaindo a cada nova resposta.
— Nada — confirmou, passando a mão pelo rosto. — A polícia de São Paulo já foi alertada. Estão tentando rastrear imagens de câmeras de segurança pela região do aeroporto e arredores.
— Vamos para São Paulo — disse Noah, com a voz firme.
— Vamos — Saulo assentiu sem hesitar.
A viagem até a capital foi feita em silêncio. No avião, Noah preferiu se sentar longe do pai e do sogro. Não por falta de apoio, ambos estavam ao seu lado desde o início, mas por vergonha. A culpa pesava como chumbo sobre seus ombros, e o medo da decepção nos olhos deles o impedia de encará-los.
Se pudesse, não voltaria a olhar nos olhos de nenhum dos dois. Sentia-se responsável por tudo, como se tivesse aberto a porta para um passado que deveria ter continuado enterrado. E agora, a dor de uma mãe, a a