As luzes frias do hospital pareciam tornar tudo mais sombrio. Enfermeiros passavam apressados pelos corredores enquanto Noah permanecia sentado na sala de espera, com os cotovelos apoiados nos joelhos e o olhar fixo no chão. Luana havia sido levada direto para o atendimento emergencial, mas até aquele momento, ninguém havia dado um parecer concreto sobre seu estado de saúde.
A espera corroía por dentro.
Saulo e Oliver estavam na delegacia, tentando obter alguma informação com a equipe policial. Noah, por sua vez, não conseguia sair do lugar. O coração pesado, o estômago revirado, e uma sensação de culpa que se arrastava como uma sombra sobre ele.
Foi então que a porta da recepção se abriu com violência.
— Onde está a minha filha?! — A voz de dona Marta ecoou pelo ambiente, totalmente desesperada.
Ela entrou com passos rápidos e desordenados, o cabelo desgrenhado e o rosto inchado de tanto chorar. Bastou encontrar o olhar de Noah para ir direto até ele.
— Onde está a minha filha?! — re