Depois de quase passar o dia todo ao lado de Catarina, Henri decidiu levá-la para casa. O sol já se punha no horizonte, tingindo o céu de tons alaranjados que refletiam no rosto dela, sereno e cansado. No entanto, antes de deixá-la em casa, ele teve uma preocupação: não queria que os tios dela a vissem chegando daquela forma, com a camisa dele ainda sobre o corpo.
Enquanto dirigia, desviou o olhar por um instante para ela e sorriu.
— Acho que precisamos dar um jeitinho antes de te deixar em casa — comentou, com leveza.
Catarina o olhou, curiosa.
— O que quer dizer com isso?
— Quero dizer que, se seus tios te verem usando uma camisa masculina, vão me odiar antes mesmo de me conhecer — respondeu, divertido.
Ela riu, um riso discreto, mas sincero.
— Acho que você tem razão.
Henri então fez uma curva e estacionou o veículo diante de uma pequena loja de roupas.
— Espere aqui um instante. — Saiu do carro, mas ela o chamou:
— Henri, não precisa fazer isso…
Ele se inclinou pela janela e respo