Assim que a viu se aproximar, Henri engoliu em seco. A luz amarelada do ambiente envolvia o corpo dela num brilho quente, quase dourado, e o vapor que subia preenchia o ar, tornando o momento ainda mais intenso, como se o tempo tivesse parado para assistir aos dois.
Ela era real. Estava ali, diante de si, como antes… como nos dias em que tudo ainda parecia possível.
— Catarina… — murmurou, tentando transformar em palavras o que sentia, mas a voz falhou. Nenhuma frase parecia capaz de traduzir o sentimento dentro dele.
Era como se cada lembrança, cada arrependimento e cada desejo adormecido ganhassem vida de uma só vez, e tudo o que restava era o som da respiração dela misturado à sua. Henri apenas a olhou, em silêncio, como quem reencontra algo que nunca deixou de procurar.
Mesmo sentindo o calor subir às bochechas por se achar ousada com aquela atitude, Catarina não recuou.
Havia algo em seu olhar que a fez simplesmente seguir o impulso do coração.
Com delicadeza, passou o braço em v