Na ambulância, o som das sirenes se misturava ao barulho incessante dos equipamentos. O corpo de Catarina repousava sobre a maca, pálido, o vestido rasgado e manchado de sangue. Dois paramédicos trabalhavam freneticamente, enquanto o motorista acelerava pelas avenidas em direção ao hospital mais próximo.
— Pressão caindo! — gritou um dos médicos, observando o monitor. — Está em oitenta por cinquenta!
— Segura firme, garota, fica comigo — disse o outro, ajustando a máscara de oxigênio no rosto dela. — Me dá mais soro, rápido!
O paramédico ao lado puxou uma bolsa de soro e a conectou com agilidade.
— Pulso fraco, mas ainda está batendo! — informou, tentando manter a voz estável.
— Vamos precisar de sangue assim que chegarmos — disse o médico principal, olhando para o colega. — E avisa o pronto-socorro que é uma vítima de atropelamento grave, possível traumatismo craniano e hemorragia interna.
— Certo. — O outro pegou o rádio e começou a falar. — Aqui é a unidade nove-zero-três, estamos