Enquanto isso, nos Estados Unidos, Eloá se afundava nos estudos como se aquela fosse sua única missão no mundo. Toda vez que sua mente insistia em voltar para a Vila São Caetano — ou pior, para Henri — ela pegava mais um livro de economia. Era assim que ela lidava: ocupando a mente até esvaziar o coração. E, entre leituras e anotações, os meses começaram a passar.
Toda semana, separava um tempinho para falar com a família. Conversava com o pai, com a mãe e claro, com Elisa, a quem já havia deixado claro que o nome de Henri estava proibido de ser citado.
— Essa semana a faculdade foi um saco — reclamava Elisa durante uma chamada de vídeo pelo WhatsApp. — Estou em semana de provas e nem consegui ver o Noah.
— Por aqui não tem sido diferente. Eu sempre me achei inteligente, mas tem coisa que parece impossível de entender — desabafou Eloá, ajeitando os livros sobre a cama.
— Você vai dar conta, eu sei que vai.
— E por aí? A mamãe já está reclamando da barriga enorme?
— Ainda não. Ela e a