Alguns dias depois…
A ausência da filha mais nova já começava a ecoar pela casa. A saudade se intensificava durante a semana, especialmente quando a mais velha também estava fora, estudando na capital. O silêncio da casa, antes preenchido pelas vozes e risadas das meninas, era quase ensurdecedor.
Denise, tentando ocupar a mente, organizava o guarda-roupa do quarto quase pronto para os bebês. Dobrava cuidadosamente algumas fraldas bordadas com os nomes Erik e Eduardo, escolhidos com carinho ao lado do marido.
Foi então que o celular vibrou com uma notificação.
“Podemos conversar agora?” — era uma mensagem de Aurora.
Ela respondeu que sim e, sem pensar muito, pegou as chaves do carro. A casa da amiga ficava bem perto, mas planejava sair um pouco depois da conversa que teria com Aurora.
Ao chegar, encontrou Aurora na varanda. Ela sorria com um brilho no olhar difícil de disfarçar, como se estivesse prestes a transbordar uma novidade.
— O que aconteceu? — Denise perguntou, se aproximando,