Quando chegou à casa dos tios, já era noite. Assim que entrou, encontrou os dois sentados no sofá assistindo televisão, enquanto o bebê dormia tranquilo no carrinho ao lado.
— Que bom que chegou, Catarina. Eu guardei a janta para você — disse a tia, já se levantando para servi-la.
— Não se preocupe comigo, tia, eu mesma pego — respondeu com um sorriso cansado.
Ela caminhou até a cozinha e se serviu, sentando-se à mesa. O tio, curioso, logo a acompanhou com uma xícara de café nas mãos e se sentou ao lado dela.
— E aí, como foram as vendas hoje? — perguntou, enquanto soprava o café quente.
— Foram boas. Consegui vender tudo — respondeu com satisfação.
— Que maravilha! — disse ele, sorrindo orgulhoso. — Mas você parece exausta, não é?
— Um pouco… o sol de hoje estava de matar — confessou, massageando os ombros doloridos.
O tio a observou com um olhar paternal.
— Você não devia se esforçar tanto, Catarina. Sabe que a gente consegue se virar sem precisar que trabalhe tanto assim.
Ela balan