No quarto, Tom encerrou a ligação com um sorriso satisfeito no rosto.
— Mais fácil do que eu pensava — murmurou, inclinando-se na poltrona, enquanto relembrava a voz e o semblante delicado da moça que acabara de ligar.
Levantou-se animado e foi direto para o banheiro. O som da água ecoou pelo quarto, e minutos depois ele já saía do chuveiro, enxugando o cabelo com uma toalha. Vestiu-se depressa, colocando uma camisa social leve e o perfume que costumava usar quando queria impressionar. Se tudo saísse como imaginava, aquela noite prometia ser agitada.
Quando saiu do quarto, cruzou o corredor e encontrou Henri vindo em sua direção.
— Está de saída? — perguntou o amigo, franzindo o cenho.
— Estou — respondeu Tom, ajeitando o colarinho e o relógio.
— Achei que tivesse dito que queria descansar para amanhã — comentou Henri, desconfiado.
Tom riu, com o jeito despreocupado que sempre o acompanhava.
— Realmente eu disse… mas acabei de receber uma ligação que, com certeza, vai mudar o rumo da