Uma médica jovem, de jaleco branco e expressão serena, entrou com uma prancheta nas mãos. Ela olhou para Luana com empatia e, em seguida, voltou-se para Marta, que ainda chorava baixinho, sentada ao lado da cama, segurando a mão da filha.
— A senhora é a mãe dela? — perguntou com a voz suave.
— Sim, eu me chamo Marta Passos. — respondeu, enxugando as lágrimas apressadamente, tentando recuperar alguma compostura.
— Dona Marta, sou a doutora Sabrina, responsável por acompanhar o quadro da Luana desde que ela chegou. Sei que a senhora está muito abalada, mas queria tranquilizá-la com algumas informações importantes.
Com um leve movimento de cabeça, Marta assentiu, revelando os olhos vermelhos.
— Luana está estável agora. Ela chegou ao hospital bastante desidratada e com hematomas pelo corpo, principalmente na região dos braços, costelas e pernas. Foram realizados exames de imagem para verificar fraturas internas, e felizmente, não encontramos nada grave além das escoriações e contusões.