Sem paciência para mais nenhuma provocação, Henri se aproximou de uma das mesas de drinques e pegou o primeiro copo que encontrou. Nem se deu ao trabalho de perguntar o que era, apenas levou o líquido à boca e engoliu em um único gole, sentindo o ardor descer pela garganta. Precisava de coragem. E, de algum modo, aquela bebida lhe dava exatamente isso.
Naquele breve instante, sua mente se inundou de pensamentos confusos. Lembrou-se dos milhões que havia investido naquele resort, do tempo de esforço e das expectativas depositadas nele. Pensou na família, que certamente esperava vê-lo como o homem equilibrado, sensato, o empresário exemplar que sempre demonstrou ser.
Mas tudo isso pareceu se desfazer num piscar de olhos.
Porque, diante daquela cena, diante da possibilidade de ver Catarina sendo levada pelos encantos de Tom, nada mais tinha valor. Nenhum investimento, nenhum nome, nenhum orgulho.
Naquele instante, havia apenas uma certeza pulsando dentro dele: Catarina era mais important