Quando bateu na porta do quarto da filha, o rosto de Saulo ainda estava completamente vermelho. Ele esperou alguns segundos até que Elisa abrisse a porta e o encarasse com um olhar desconfiado.
— O que houve, papai? Ainda está assim por causa do que conversamos? — perguntou, cruzando os braços.
— Não é isso — respondeu ele, com um suspiro cansado. — Vim apenas entregar isso. O taxista disse que você esqueceu no porta-malas.
Ela olhou para a sacola e, assim que reconheceu, um sorriso endiabrado se formou em seus lábios.
— O senhor não espiou o que tem aí, espiou? — perguntou em tom provocante.
— Meu Deus, claro que não! — respondeu rápido, quase tropeçando nas próprias palavras.
— Então, por que está com essa expressão, papai? — insistiu, divertida. — Não foi só por causa do que mostrei há pouco, foi?
— Ah, Elisa, me deixe em paz — pediu, jogando a sacola nas mãos dela. — Eu não quero saber que tipo de maluquices você vai aprontar depois de casada!
Elisa caiu na gargalhada, percebendo q